TESTEMUNHOS

Luís Correia Mendes

O meu conselho é acreditar que são capazes de vencer este desafio

Depois de apresentar sintomas no sistema urinário, Luís foi diagnosticado com cancro da próstata em fevereiro 2021. 

Reconhece que, com o diagnóstico, alterou o seu estilo de vida. Passou a cuidar mais de si, a dar mais atenção à alimentação, a dar mais atenção aos hábitos de vida saudável com o objetivo de ganhar forças para enfrentar “o desafio que me estava a ser posto”. 

“O meu conselho é acreditar que são capazes de vencer este desafio”, diz Luís, que acredita ser possível vencer o cancro da próstata através da mudança de hábitos, do acompanhamento médico e da capacitação do doente com informação sobre a doença e sobre o funcionamento do aparelho reprodutor masculino.

Dr. Pedro Nunes

“Cada vez mais cedo os homens devem dirigir-se ao médico de família”

A patologia da próstata é cada vez mais frequente e entre o leque de doenças que afetam esta glândula o cancro da próstata tem vindo a ganhar destaque, sendo já um dos tumores mais diagnosticados em Portugal e no Mundo. Por esse motivo, o Dr. Pedro Nunes deixa um alerta: “Cada vez mais cedo os homens devem dirigir-se ao médico de família e consultá-lo sobre este problema”.

A partir dos 50 anos os homens são aconselhados a fazer o despiste desta doença oncológica já que “numa fase inicial ela é quase assintomática”, não existindo nem sintomas, nem sinais da patologia. Contudo, se for diagnosticada numa fase inicial, trata-se de uma doença que “é curável”, diz o especialista.

Joaquim Domingos

Muita coisa mudou na minha vida

Surpreendido com o diagnóstico de cancro na próstata quase aos 70 anos, Joaquim reconhece que nada o afetou tanto na vida como ter de lidar com esta doença oncológica. 

Destaca o papel da médica de família e do urologista no diagnóstico e no acompanhamento que o ajudou a ter mais cuidado com a alimentação, a ingerir mais líquidos, a praticar atividade física e hoje, ultrapassada a doença oncológica, Joaquim sublinha: “Muita coisa mudou na minha vida do ponto de vista psicológico e também sob o ponto de vista físico”.

Como mensagem final, Joaquim apela ao rastreio do cancro da próstata e deixa um conselho para todos os homens: “Cuidem-se”.

Dra. Gabriela Sousa

“É o cancro mais frequente nos homens, mas não é o que tem maior mortalidade”

Apesar de ser das patologias oncológicas mais frequentes, a Dra. Gabriela Sousa lembra que a incidência do cancro da próstata não se relaciona com a mortalidade: “É o cancro mais frequente nos homens, mas não é o que tem maior mortalidade”.

Segundo os conselhos da oncologista, os homens devem dirigir-se ao médico de família se notarem alguma alteração da rotina urinária, como passarem a urinar muito frequentemente, a ter infeções urinárias de repetição, a levantarem-se durante a noite para urinar ou notarem sangue na urina.

O diagnóstico do cancro da próstata exige o recurso a exames como a análise PSA, a ecografia à próstata, a biópsia e, eventualmente, a ressonância magnética. Depois de diagnosticado o tumor é ainda necessário fazer exames de estadiamento para conhecer a dimensão da doença e estabelecer o protocolo terapêutico a instituir, enumera a Dra. Gabriela Sousa.